sexta-feira, 1 de julho de 2016

Democracias e leis draconianas

Desde 2013 comento neste sentido do post, tentando alertar para o endurecimento dos instrumentos de repressão para os conflitos em latência e esperados pelos observadores das cenas nacionais e internacionais.

Essas leis draconianas que estão sendo criadas ferem de morte as democracias.

Os governantes já não mais escondem, ou procuraram disfarçar, que estão a serviço de grupos restritos, e de costas para as populações, e que se estas se manifestarem contra o que está posto haverá reação violenta do Estado. O mundo não poderá mais questionar o que está posto, não há mais alternativas fora do que nos foi dito. Para isso servem as leis duras e a repressão cavalar.

Em certo momento, fomos nos mesmos quem pedimos essas ações, por medo da insegurança que nos foi massificada pela mídia. Mas, não nos demos conta que estávamos armando o estado contra nós mesmos.

Quando as Constituições Federais estabelecem, logo nos seus primeiros artigos, que entre as principais funções da democracia está a proteção dos direitos humanos fundamentais, como as liberdades de expressão, de religião, a proteção legal, e as oportunidades de participação na vida política, econômica, e cultural da sociedade, está claramente expressando como se deve realizar a forma de relacionamento entre seus entes, sejam indivíduos, pessoas jurídicas, e entre eles.

Em qualquer democracia aos cidadãos está assegurada a possibilidade de participar ativamente do processo político, proteger seus direitos e sua liberdade. Trata de um regime de governo em que todas as importantes decisões políticas estão com o povo.

Desta forma, o ato de protestar e expressar o seu inconformismo com os processos decisórios se tornam atos essenciais para a realização plena do desenvolvimento democrático.

As manifestações públicas, greves e outras formas de protesto dos cidadãos estão presentes em todas as formas de governos, sejam ditatoriais ou democráticos.

E o que os diferenciam é exatamente a reação dos entes públicos na forma em que se relacionam com a população.

É conhecido que em qualquer protesto público alguns cidadãos pratiquem algum tipo de abuso, e este sim tem que ser coibido, de forma isolada.

O uso da força de forma indiscriminada contra todos os que se manifestam em sua cidadania em reações as situações estabelecidas caracteriza exatamente os regimes não democráticos.

Os históricos pelo mundo confirmam que qualquer tentativa de calar a cidadania só ampliam as perturbações naturais do protesto e quanto mais violenta for a repressão mais apoio popular os manifestantes terão.

Comentário ao post
http://jornalggn.com.br/comment/952247#comment-952247

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