Desde 2013 comento neste sentido do post, tentando alertar para o
endurecimento dos instrumentos de repressão para os conflitos em
latência e esperados pelos observadores das cenas nacionais e
internacionais.
Essas leis draconianas que estão sendo criadas ferem de morte as democracias.
Os governantes já não mais escondem, ou procuraram disfarçar, que
estão a serviço de grupos restritos, e de costas para as populações, e
que se estas se manifestarem contra o que está posto haverá reação
violenta do Estado. O mundo não poderá mais questionar o que está posto,
não há mais alternativas fora do que nos foi dito. Para isso servem as
leis duras e a repressão cavalar.
Em certo momento, fomos nos mesmos quem pedimos essas ações, por medo
da insegurança que nos foi massificada pela mídia. Mas, não nos demos
conta que estávamos armando o estado contra nós mesmos.
Quando as Constituições Federais estabelecem, logo nos seus primeiros
artigos, que entre as principais funções da democracia está a proteção
dos direitos humanos fundamentais, como as liberdades de expressão, de
religião, a proteção legal, e as oportunidades de participação na vida
política, econômica, e cultural da sociedade, está claramente
expressando como se deve realizar a forma de relacionamento entre seus
entes, sejam indivíduos, pessoas jurídicas, e entre eles.
Em qualquer democracia aos cidadãos está assegurada a possibilidade
de participar ativamente do processo político, proteger seus direitos e
sua liberdade. Trata de um regime de governo em que todas as importantes
decisões políticas estão com o povo.
Desta forma, o ato de protestar e expressar o seu inconformismo com
os processos decisórios se tornam atos essenciais para a realização
plena do desenvolvimento democrático.
As manifestações públicas, greves e outras formas de protesto dos
cidadãos estão presentes em todas as formas de governos, sejam
ditatoriais ou democráticos.
E o que os diferenciam é exatamente a reação dos entes públicos na forma em que se relacionam com a população.
É conhecido que em qualquer protesto público alguns cidadãos
pratiquem algum tipo de abuso, e este sim tem que ser coibido, de forma
isolada.
O uso da força de forma indiscriminada contra todos os que se
manifestam em sua cidadania em reações as situações estabelecidas
caracteriza exatamente os regimes não democráticos.
Os históricos pelo mundo confirmam que qualquer tentativa de calar a
cidadania só ampliam as perturbações naturais do protesto e quanto mais
violenta for a repressão mais apoio popular os manifestantes terão.
Comentário ao post
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